quarta-feira, 28 de maio de 2014

Xadrez: campo de batalha à serviço do intelecto

Xadrez
Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Napoleão Bonaparte, Leon Tolstoi, George Washington, Benjamin Franklin e Ivan, o Terrível, são algumas personalidades históricas que adoravam o passatempo que foi inventado na Índia por volta do século 6.

Logo o jogo se disseminou pelo mundo, alcançando a Europa no século 9, levado pelos muçulmanos à Espanha, mas só se popularizou no continente europeu após o século 15, quando jogadores da Espanha e da Itália resolveram mexer nas regras, tendo no ano de 1575, o primeiro grande embate internacional na corte do rei Filipe II, da Espanha.

No século 18, paris foi transformada em uma espécie de capital mundial do xadrez, sendo comum o embate de enxadristas experientes enfrentando filósofos como Rousseau e Voltaire. Napoleão Bonaparte também marcava presença em partidas de xadrez, bem como Benjamin Franklin, que foi embaixador americano na França, por volta de 1780.

No ano de 1972, durante a Guerra Fria entre a União Soviética (que dominava os mundiais há 45 anos) e os Estados Unidos, aconteceu o “jogo do século”, entre o americano Bobby Fischer e o russo Boris Spassky. O americano perdeu o primeiro jogo, alegando que ficou nervoso com as câmeras de TV. Solicitou a retirada das câmeras e não foi atendido, não aparecendo na segunda rodada. Boris Spassky foi declarado vencedor. Em uma revanche, com as portas fechadas, o americano se saiu vencedor e depois que o salão foi aberto, venceu o russo mais uma vez.

Em fevereiro de 1996, o então campeão do mundo de xadrez, Garry Kasparov, natural do Azerbaijão, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, teve como adversário o supercomputador da IBM, conhecido como Deep Blue (azul profundo). Kasparov ganhou três partidas, empatou duas e perdeu uma.

Em maio de 1997, o Deep Blue, após passar por uma severa atualização, conseguiu superar Kasparov em um novo confronto de seis partidas, com duas vitórias, três empates e uma derrota, tornando-se o primeiro computador a vencer um campeão mundial de xadrez.


Como jogar o xadrez


Para jogar se faz necessário um tabuleiro, que representa um campo de batalha, composto por oito linhas e oito colunas. Suas peças compreendem oito peões, duas torres, dois cavalos, dois bispos, uma rainha e um rei. Cada uma das peças tem um modo de movimentar-se sobre o tabuleiro: bispos têm movimentos no sentido diagonal, movimentos frontais para os peões, a torre se desloca para frente/trás/direita/esquerda, o cavalo realizada movimentos em “L”, a rainha tem movimentação livre no jogo e o rei pode apenas ser movimentado de casa em casa (em qualquer direção do tabuleiro).

Existe uma Federação Mundial de xadrez que regulamenta o jogo, com regras fixas, disputas de campeonatos e premiação para os vencedores em forma de medalhas, troféus e dinheiro. Tudo isso faz com que o xadrez se enquadre na categoria de “esporte”, disputado entre dois participantes e sendo altamente competitivo. 


Benefícios do jogo de xadrez


Raciocínio estratégico e concentração, entre outras habilidades, fazem do xadrez mais do que um simples passatempo, sendo uma ótima ferramenta para o desenvolvimento intelectual. No Brasil, algumas escolas estimulam seus alunos com disputas de xadrez, com o objetivo de estimular a criatividade e o raciocínio dos mesmos.


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