Voltaire, Jean-Jacques Rousseau,
Napoleão Bonaparte, Leon Tolstoi, George Washington, Benjamin Franklin e Ivan,
o Terrível, são algumas personalidades históricas que adoravam o passatempo que
foi inventado na Índia por volta do século 6.
Logo o jogo se disseminou pelo mundo,
alcançando a Europa no século 9, levado pelos muçulmanos à Espanha, mas só se
popularizou no continente europeu após o século 15, quando jogadores da Espanha
e da Itália resolveram mexer nas regras, tendo no ano de 1575, o primeiro
grande embate internacional na corte do rei Filipe II, da Espanha.
No século 18, paris foi transformada em
uma espécie de capital mundial do xadrez, sendo comum o embate de enxadristas
experientes enfrentando filósofos como Rousseau e Voltaire. Napoleão Bonaparte
também marcava presença em partidas de xadrez, bem como Benjamin Franklin, que
foi embaixador americano na França, por volta de 1780.
No ano de 1972, durante a Guerra Fria
entre a União Soviética (que dominava os mundiais há 45 anos) e os Estados
Unidos, aconteceu o “jogo do século”, entre o americano Bobby Fischer e o russo
Boris Spassky. O americano perdeu o primeiro jogo, alegando que ficou nervoso
com as câmeras de TV. Solicitou a retirada das câmeras e não foi atendido, não
aparecendo na segunda rodada. Boris Spassky foi declarado vencedor. Em uma
revanche, com as portas fechadas, o americano se saiu vencedor e depois que o
salão foi aberto, venceu o russo mais uma vez.
Em fevereiro de 1996, o então campeão do
mundo de xadrez, Garry Kasparov, natural do Azerbaijão, considerado um dos
melhores jogadores de todos os tempos, teve como adversário o supercomputador
da IBM, conhecido como Deep Blue
(azul profundo). Kasparov ganhou três partidas, empatou duas e perdeu uma.
Em maio de 1997, o Deep Blue, após
passar por uma severa atualização, conseguiu superar Kasparov em um novo
confronto de seis partidas, com duas vitórias, três empates e uma derrota,
tornando-se o primeiro computador a vencer um campeão mundial de xadrez.
Como jogar o xadrez
Para jogar se faz necessário um
tabuleiro, que representa um campo de batalha, composto por oito linhas e oito
colunas. Suas peças compreendem oito peões, duas torres, dois cavalos, dois
bispos, uma rainha e um rei. Cada uma das peças tem um modo de movimentar-se
sobre o tabuleiro: bispos têm movimentos no sentido diagonal, movimentos
frontais para os peões, a torre se desloca para frente/trás/direita/esquerda, o
cavalo realizada movimentos em “L”, a rainha tem movimentação livre no jogo e o
rei pode apenas ser movimentado de casa em casa (em qualquer direção do
tabuleiro).
Existe uma Federação Mundial de xadrez
que regulamenta o jogo, com regras fixas, disputas de campeonatos e premiação
para os vencedores em forma de medalhas, troféus e dinheiro. Tudo isso faz com
que o xadrez se enquadre na categoria de “esporte”, disputado entre dois
participantes e sendo altamente competitivo.
Benefícios do jogo de xadrez
Raciocínio estratégico e concentração,
entre outras habilidades, fazem do xadrez mais do que um simples passatempo,
sendo uma ótima ferramenta para o desenvolvimento intelectual. No Brasil,
algumas escolas estimulam seus alunos com disputas de xadrez, com o objetivo de
estimular a criatividade e o raciocínio dos mesmos.
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