quarta-feira, 9 de abril de 2014

Milho: um americano versátil, saboroso e saudável

Milho: saboroso e saudável
As comunidades agrícolas na Meso-América (México e América central) surgiram por volta de 2.500 a.C, sendo o milho a principal cultural alimentícia. Durante o primeiro milênio antes de Cristo, o cultivo do milho atingiu a área hoje onde está localizado o sudoeste dos Estados Unidos. Por esta época, toda a parte ocidental do continente americano, entre o México e o norte do Chile, era ocupada por plantações de milho.
Nas habitações americanas, o milho seco era armazenado em vasilhas de cerâmica. O milho era socado antes de consumido, resultando em uma farinha usada para preparar vários pratos, como os mingaus, os angus e as tortillhas. O milho verde era assado ou cozido.
Os maias acreditavam que o homem pertence a uma terceira geração de seres humanos, que foi feita a partir do milho. Nas duas primeiras gerações o homem foi feito do barro e da madeira e foram dizimadas pela água e pelo fogo. Para não sofrer destino parecido, os maias ofereciam sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses.
No Brasil os povos pré-colombianos também cultivavam o milho, mas este não tinha a mesma importância que os outros povos americanos concediam. Entre nossos antepassados o milho era comido assado. Do milho também era feito uma espécie de vinho, especialmente para ser consumido em épocas de festas.
Quando os europeus se apossaram da América, a partir de 1492, o milho já era cultivado de norte a sul do continente. Não demorou e o milho foi levado para a Europa pelos conquistadores, juntamente com outros produtos, como o tomate e a batata. Devido à sua fácil adaptação, a planta se espalhou rapidamente pelo continente europeu, entrando na composição de vários pratos. Na Espanha e em Portugal o milho era empregado para preparar farinhas, broas e caldos. Na Itália, o milho tornou-se a base para o preparo da polenta. Da Europa, o milho se espalhou para a Ásia e África.
O milho é fonte de gordura e carboidratos. Possui também sais minerais (ferro, fósforo, potássio e zinco), fosfato de cálcio e vitaminas do complexo B. Sendo também uma importante fonte de energia para o nosso organismo. A casca do milho é rica em fibras, que ajuda na eliminação de toxinas do organismo humano.
O milho também ajuda na saúde do coração e do cérebro, pois o ácido fólico (que faz parte com complexo B), aquele que é conhecido e administrado para evitar defeitos nos fetos, também ajuda a obter níveis mais baixos de homocisteína, uma proteína tóxica existente no sangue, que pode causar danos nas artérias, tanto as do cérebro quanto as do coração, sendo um fator de risco para ataques cardíacos e derrames.
A versatilidade do milho é enorme, fazendo com que ele seja utilizado na fabricação de vários produtos, dentre os quais podemos destacar; refrescos, óleos, remédios, cosméticos, sorvetes, tintas, farinhas e combustível (etanol).

Oração do Milho – de Cora Coralina

Senhor, nada valho.
Sou planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres...
Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha econômica do proletariado.
Sou a polenta do imigrante e amiga dos que começam a vida em terra estranha.
Alimento de porcos e do triste um de carga.
O que me planta não levanta comércio nem avantaja dinheiro...
Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor,
Que me fizeste necessário e humilde.
Sou o milho.
           
Fontes:
- www.i-legumes.com;
- Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais – Editora Três. 

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