As comunidades agrícolas na Meso-América
(México e América central) surgiram por volta de 2.500 a.C, sendo o milho a
principal cultural alimentícia. Durante o primeiro milênio antes de Cristo, o
cultivo do milho atingiu a área hoje onde está localizado o sudoeste dos
Estados Unidos. Por esta época, toda a parte ocidental do continente americano,
entre o México e o norte do Chile, era ocupada por plantações de milho.
Nas habitações americanas, o milho seco
era armazenado em vasilhas de cerâmica. O milho era socado antes de consumido,
resultando em uma farinha usada para preparar vários pratos, como os mingaus,
os angus e as tortillhas. O milho
verde era assado ou cozido.
No Brasil os povos pré-colombianos
também cultivavam o milho, mas este não tinha a mesma importância que os outros
povos americanos concediam. Entre nossos antepassados o milho era comido
assado. Do milho também era feito uma espécie de vinho, especialmente para ser
consumido em épocas de festas.
Quando os europeus se apossaram da
América, a partir de 1492, o milho já era cultivado de norte a sul do
continente. Não demorou e o milho foi levado para a Europa pelos conquistadores,
juntamente com outros produtos, como o tomate e a batata. Devido à sua fácil
adaptação, a planta se espalhou rapidamente pelo continente europeu, entrando
na composição de vários pratos. Na Espanha e em Portugal o milho era empregado
para preparar farinhas, broas e caldos. Na Itália, o milho tornou-se a base
para o preparo da polenta. Da Europa, o milho se espalhou para a Ásia e África.
O milho é fonte de gordura e
carboidratos. Possui também sais minerais (ferro, fósforo, potássio e zinco),
fosfato de cálcio e vitaminas do complexo B. Sendo também uma importante fonte
de energia para o nosso organismo. A casca do milho é rica em fibras, que ajuda
na eliminação de toxinas do organismo humano.
O milho também ajuda na saúde do coração
e do cérebro, pois o ácido fólico (que faz parte com complexo B), aquele que é
conhecido e administrado para evitar defeitos nos fetos, também ajuda a obter
níveis mais baixos de homocisteína, uma proteína tóxica existente no sangue,
que pode causar danos nas artérias, tanto as do cérebro quanto as do coração,
sendo um fator de risco para ataques cardíacos e derrames.
A versatilidade do milho é enorme,
fazendo com que ele seja utilizado na fabricação de vários produtos, dentre os
quais podemos destacar; refrescos, óleos, remédios, cosméticos, sorvetes,
tintas, farinhas e combustível (etanol).
Oração do Milho
– de Cora Coralina
Senhor, nada
valho.
Sou planta humilde
dos quintais pequenos e das lavouras pobres...
Fui o angu pesado
e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa
grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha
econômica do proletariado.
Sou a polenta do
imigrante e amiga dos que começam a vida em terra estranha.
Alimento de porcos
e do triste um de carga.
O que me planta
não levanta comércio nem avantaja dinheiro...
Sou a pobreza
vegetal agradecida a Vós, Senhor,
Que me fizeste
necessário e humilde.
Sou o milho.
Fontes:
- www.i-legumes.com;
- Enciclopédia Compacta de
Conhecimentos Gerais – Editora Três.
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